- Isso é falta de caráter! - ouço a voz estridente se dirigir a mim. Seu rosto fino demonstrava certa raiva de mim.
- Falta de caráter? - perguntei, não crente, demostrando o quanto eu achava um absurdo em tudo isso. Ela concordou e disse várias coisas seguidas sobre eu ser uma pessoa falsa com a menina que no momento está no Estados Unidos.
Não tive medo da demostração do que eu realmente sentia. Estava com a boca escancarada, embasbacada completamente. Eu que era a falsa só porque eu não sentia falta da menina que foi para o USA, que eu nunca tive um laço e que nem ligava para a minha existência?
Certo, certo. . . No começo desse ano - quando ela ainda não era muito conhecida - eramos amigas. Cheguei a pensar que era de verdade, mas vi que isso não vinha da parte dela. Continuamos a trocar poucas palavras - completamente falsas de ambos os lados.
Até ela ser 'a' popular.
Nada contra popularidade como vejo certas pessoas dizendo que "popularidade é isso e aquilo". Acho até isso ridículo. Popularidade não é um problema, pelo menos não pra mim! A única coisa que sou contra é: falta de gratidão.
Ela nunca mais olhou para mim. Até sua despedida dias antes de sua viajem até sua nova vida fora do campo nacional.
- Luíza, isso é falta de respeito! - a menina ainda tagarelava em minha frente. Seus olhos começaram a brilhar. Lagrimas.
Fechei a boca que permanecia aberta. Admirei (e admiro) o quanto ela defende a amiga.
Peraí, amiga?
- Olha, eu respeito sua amizade com ela, mas eu não tinha nenhum laço com a menina!
- Eu sinto falta dela! Você pode não sentir, mas tem gente que sente. - ela com os olhos úmidos disse com um voz firme - ainda estridente. Ia responder que só ela sente. Nem as outras amiguinhas dela do "grupinho".
Como ela consegue isso? Ela considerava mesmo o falta dela, isso eu não posso negar. Mas isso é ambíguo? Não sentia raiva dela no momento, sentia raiva da menina que não ligava para a amiga. Aquela amiga que a defendia apenas por eu demonstrar certa alegria pelo fato de não tê-la entre nós. Ela tem o direito de defender a amiga, assim como eu tenho o direito de me expressar.
Não estou dizendo que achei aquela discução errada. Se fosse eu, defenderia minha amiga com unhas e dentes!
Mas o que realmente me intrigou foi: aquela merecia ser defendida?
Olhei para seu rosto fino com pena. Não apenas seu rosto estava magrela, clamando por uma alimentação decente e sem cortes de doces. Seu corpo inteiro estava magérrimo. Foi a 'amiga' dela. Tenho certeza. Antes de sair do Brasil, ela sempre se dizia melhor que a menina que chorava na minha frente. Sempre a rebaixava a chamando de 'gorda' - o pior rebaixamento possivel! O que resultou em alguém sem carne.
Ela se virou indignada com minhas falta de argumentos e me deixou absorta em meus pensamentos: Existe amizade sem caráter?
*Fatos reais de hoje na aula! Peço desculpa pelo "titulo matemático". Escrevi na escola. . . u_u*
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